28 de mar. de 2011

A luz na janela


Caminhava sem pressa numa tarde fria


A paz acossava de forma que eu ria


Estava tão só que eu nem sei se existia


Da luz da janela acesa eu a via.




Sem pestanejar, ela se despia


Girava, dançava e se sacudia


O drama em seus olhos, latente, doía


Da luz da janela a lágrima escorria.




Eu me perguntava: aonde ela ia?


Qual era o motivo que a impelia?


Solitária como eu, mas não se escondia!


Da luz da janela ela me confundia.




Ela me encarou, criador e a cria


Por trás de seus olhos a alma gania


De pronto içou vôo, perfeita poesia


A luz da janela lenta se esvaía




Então penetrou na frieza tardia


Seu doce sorriso de longe se ouvia


Compreensão me tocou; existiu - foi magia


E a luz se apagou (mas eu incandescia).


Thuan Bigonha de Carvalho

2 comentários:

  1. “Seu defeito e sua qualidade, seu ápice e sua ruína, unidos na loucura de suas concepções, tornavam-no anjo enquanto demônio. Um anjo sagaz e atuante, protetor e onipresente - um remédio a qualquer desatino; um demônio voraz e sufocante, malfeitor e inteligente - um veneno sem qualquer antídoto.”

    De quem é?

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