Não se compara a qualquer terra
o verde de teus olhos, jardim
pois que nele a ausência se encerra
e brota os pedaços de mim;
E nascido de ti, me imagino
tão apto a frutificar
que viver só me é desatino
se de dentro do teu olhar;
O céu da tarde esverdeia
o mar, as ondas, areia
a lava de um vulcão,
Ardor de uma aranha na teia
verde é o tom que incendeia
o olho do meu furacão.
Thuan Carvalho