Se o que nasce, antes,
fertiliza
De puro amor o corpo, elo
sagrado,
Também o verbo – cru – se
mimetiza
Pra d'um sincero amor ser
deflagrado;
A mãe de toda prosa é a
inspiração
Fazendo amor com o tempo a
semear,
E o pai, espírito a guiar a
mão
Daquele destinado a prosear;
O mais belo mistério, pois, em
vida
É ser todo poema oriundo
De um sentimento eterno que
engravida,
Cabe ao poeta então, em
euforia
Acaso acorde grávido do mundo
Das madrugadas parir poesia.
Thuan Carvalho.