Se
ouço ao longe o canto do galo
ou sinto por perto o cheiro do verde
meus olhos se fecham como que num estalo
e vem a memória matar minha sede,
Sede dos dias que tinham mais horas
sede das coisas pulsando paixão
de me pintar no rubro das amoras
me transfigurar feito camaleão,
Desculpe, seu galo, a ignorância
mas se você canta e eu me lembro da infância
tomo o galinheiro que outrora era seu,
Subo em seu poleiro e estufo a garganta
porque no poleiro da infância quem canta
sou eu.
ou sinto por perto o cheiro do verde
meus olhos se fecham como que num estalo
e vem a memória matar minha sede,
Sede dos dias que tinham mais horas
sede das coisas pulsando paixão
de me pintar no rubro das amoras
me transfigurar feito camaleão,
Desculpe, seu galo, a ignorância
mas se você canta e eu me lembro da infância
tomo o galinheiro que outrora era seu,
Subo em seu poleiro e estufo a garganta
porque no poleiro da infância quem canta
sou eu.
Thuan Carvalho.