16 de set. de 2010

regnad, noisop.

É cedo e meu coração explode veneno

Cada veia pulsa epilética

Trazendo um gosto amargo do meu corpo

E cada artéria deixa, extasiada, meu coração

Carregadas da sinfonia sádica que de lá soa

“Amor bandido cachorro trem!”

Meu coração é bandido, ele às vezes se cala

E deixa minha mente resolver a situação

É isso o que me faz chegar mais cedo em casa

E não despertar você de um sonho bom

Pra dizer contrariado que estou sofrendo de amor

“Que o teu afeto me afetou é fato agora faça-me o favor!”

Não posso dizer que estou escrevendo

Na verdade essas letras são puras peçonhas

Invadindo o coração de cada qual quem as lê

E dividindo as toxinas que entorpecem meu corpo

Roto; barulhento; insalubre; árduo, arde.

“É ferida que dói e não se sente”?

Tomara que eu não esteja errado

Por agir assim, tão doador universal

Poupando sempre você das próprias faltas

Que eu nem sei se realmente as são

Mas devem ser senão por que me fariam mal?

É que eu não quero fazer de você a toalha

Que vai enxugar essas lágrimas tóxicas

Que você mesmo derrama através de meus olhos

Passo a tentar enxugar tais lágrimas com poesia

Mas elas corroem minhas palavras, lentamente

E deixo você ver amanhecer o dia

Na companhia dos lençóis, somente.

Thuan B. Carvalho

2 comentários:

  1. Oi, nao conheço vc, mas comentei no seu texto Atenzione Prostitute! Adorei, amei! Beijos

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  2. Suas palavras... contagiantes e envolventes palavras...

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