11 de jul. de 2012

Romântico.




Maria, meu curto amor de infância,
Foi uma que amei entre mil;
Mas esta me permaneceu na ânsia,
Mudou-se em meados de abril.

Dez anos sem qualquer notícia,
E quem me aparece na porta?
Maria - meu deus, que delícia -
Quem és é o que menos importa.

Com o corpo inteiro movido,
Pela solidão que me consumia;
Fui ter com ela embebido
de minha alforria.

E constatei, assaz entristecido:

Também não havia
poesia
No gemido
de
Maria.



Thuan B. Carvalho

2 comentários:

  1. Thuan,
    vim te dizer que ambos giramos:
    nós e o mundo.
    Porém em rotação inversa e
    sincronizada.
    Como as pedras dos rios...
    rolam e rolam.

    Que belo poema encontro aqui!
    Deliciosamente poético.
    Bjins

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