14 de fev. de 2012

Verso do Só ___________________________ quando juntos as palavras são ações



Quão me atinge ser de longe
De teu suspiro violento
Me endoideço - feito monge
N’oração que, intensa, range
O altar do pensamento

Que infortúnio é a distância
Ao criar esse tabu
Me permanece na ânsia
De me perder na fragrância
Que envolve teu corpo nu

Até o aperto de teus dedos
Que na madrugada praticas
me tomam; Que mãos de rochedos!
A saudade me despe os segredos
O corvo da ausência me bica

Quem me dera teu tenro calor
Transformando saudade em ardor
E o tempo do “só” derretido


Para enfim preencher a noite, amor,
- estarrecido
Com o eterno silêncio de teu gemido








Thuan Bigonha de Carvalho

Um comentário:

  1. Thuan, permita que eu post essa sua poesia no Blog Retincências em mim...

    Ela me encanta, e casa com a proposta do Blog.

    Beijos!

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