1 de fev. de 2012

Obaké



O horizonte de meus anseios já não põe o Sol
O céu se estatiza num inebriante furta-cor
As ondas se ajoelham perante a magistral
Eloqüência do amor

O ar falta a si de tão denso
Às sombras não existe saída
A areia que trás os teus pés
É a areia da vida

Os seres, arfantes, proclamam
Imóveis em suas pegadas
Com vozes suaves, que cantam
Boleros das Terras Sagradas

O caminho em ti é tão claro
Teus mares, teu corpo e tuas cores
Que cedo me sonho em teus laços
A morrer de amores

E essa tensão que afaga e conduz
É a expressão mais clara e sincera
De que vieste, ao longo das eras
a banhar-me em luz






Thuan B. Carvalho

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