17 de set. de 2011

não chores mais, não.



(...) mas princesa, não chores não;
Que teu choro me parte, me quebra
Transforma meu pássaro em pedra
E sufoca.

Ei, amor, não chores não;
Que teu choro é o prelúdio da morte
É o som de uma faca no corte
E corta.

Vida, por favor, não chores não;
Que teu sorriso é a prece que rogo
Em teu choro eu somente me afogo
E me ardo.

Mas paixão, não chores mais não;
Que tua lágrima é dos venenos o mais mortal
Em contato com o ar me é letal
E castiga.

Ei, existência, não chores não;
Que teu choro molha os dias nefastos
Faz babel, interrompem-se os astros
E me rasga.

Sereia, por favor, não chores não;
Que teu choro é o meu mortuário
É o som que me lembra do horário
Um nocaute.


Psiu, mulher, não chores não;
Que teu choro me lança da ponte
É a água que escorre da fonte
E não sacia.

Mas deusa, por favor, não chores mais não;
Que teu sorriso é o sinal que me ala
E cada lágrima que teu olhar exala
Me aproxima do chão.






Thuan Bigonha de Carvalho.

3 comentários:

  1. Mando dizer que eu nao digo quem é pq vai ter que adivinhar..21 de set. de 2011, 00:57:00

    Que teu choro é o meu mortuário
    É o som que me lembra do horário
    Um nocaute.

    Te respeito!

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  2. Sem palavras.
    Paradoxalmente, restam apenas lágrimas!

    Absurdamente tocante!

    Lágrimas afáveis ao poeta.

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