Etérea, a feminina louca
Armou-se de si, quão desvairada;
Jorrava encantamentos pela boca
Que, ditos, já não valiam nada;
Girava o mundo todo, e sacudia,
Diziam “esta jaz enlouquecida”;
Mas a verdade só ela sabia,
Estava no apogeu, cheia de vida;
A tapas, sem cessar, dispunha a cara
Dor em si era coisa muito pouca
Perto da alegria conquistada;
Jurava que a vida lhe segredara
Naquela voz tão sua, baixa e rouca:
“O mundo, meu amor, é uma piada”.
Thuan B. Carvalho
Engraçado... não é que eu gostei disso?
ResponderExcluirArrancou-me um sorriso!
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