Besteira é pensar que essa vida vale
O valor que vai vigendo voraz
Que alguém dê uma resposta que me cale
Ou para mim é tanto fez e tanto faz
Sou enérgico porque vivo do vento
Sou sagaz porque danço o que canta
E não é fácil obter meu acalento
Nem energético nem sagaz, sou criança
Quero mesmo é que, como nos ditados
A água fure a pedra de tanto bater
Quero o caos instalado nas cidades
Latente, letárgico, longínquo
Não, na verdade eu quero o caos aqui
Ao alcance desses olhos afogueados
Que a Terra chora pois não haverá de comer
Há em mim um tanto de loucura
Que se expressa livremente em minhas artérias
Esse tanto é o que sou, verdade intrínseca
Sendo o resto apenas parte de matéria
E há gentes que se escondem entre máscaras
Trocando até mesmo o bem-estar pelo seu ego
Definitivamente, não sabem essas gentes
Que só tampam um olhar que já está cego
O que ecoa de mim é o que traduzes
Dessas linhas carregadas de madrugada
A cidade já acende suas luzes
Galos cantam de forma desregulada
Existe agora uma questão bem relevante (cruzes!)
Para meu texto, é questão primordial (que furada!)
Espero que já tenha sido o bastante
Vou explicar então preste atenção:
Já voltei ao meu Estado Natural
Tenho rimas mas não tenho Inspiração.
~ Thuan B. Carvalho
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