Um peito que estala
(será calar a voz
ou outra voz que fala?)
Quando a Alma repousa
(se não pousa,
como ousa
tanto usar
o ar?)
Molecagem no metrô
(a criança
se balança
sem saber
se já chegou).
Sobre lírios e leis
(vivia n’uma terra de cegos
em que donos de colírios
e de egos
eram reis.)
Então, veio o ano novo
(faz-se prece
que apetece
nova casca pro mesmo ovo.)
(será calar a voz
ou outra voz que fala?)
Quando a Alma repousa
(se não pousa,
como ousa
tanto usar
o ar?)
Molecagem no metrô
(a criança
se balança
sem saber
se já chegou).
Sobre lírios e leis
(vivia n’uma terra de cegos
em que donos de colírios
e de egos
eram reis.)
Então, veio o ano novo
(faz-se prece
que apetece
nova casca pro mesmo ovo.)
Quando a rima foi posta em xeque
(rimar emoção
com coração
isso qualquer moleque;
mas qual será
a palavra sublime
que com a própria rima rime?)
(rimar emoção
com coração
isso qualquer moleque;
mas qual será
a palavra sublime
que com a própria rima rime?)
Amanhã não escrevo mais você
(decretarei
discreto
o dia internacional do analfabeto.)
(decretarei
discreto
o dia internacional do analfabeto.)
E no caminho, ao chão, encontra a
flor
(quão bom seria
então
cheirar a amor?)
(quão bom seria
então
cheirar a amor?)
Se a vida é mesmo essa jornada infinita
(quem diria
ser sobre nós
- a poesia -
da caminhada mais bonita.)
Thuan B. Carvalho
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