Sempre é tempo
De ser mudo,
Ao orar
Sem dizer nada
Diz-se tudo;
No meu templo
Sempre é tempo
De sorrir,
O meu Deus
É o único modo
De servir;
No meu templo
Sempre há tempo
Para abraços,
Encaixar fé
Encaixar amor
Entre os espaços;
No meu templo
Sempre é tempo
De silenciar,
É com os olhos
Que se exalta
O verbo amar;
No meu tempo
Todo templo
Infelizmente,
Fala muito
Ama pouco
E ainda mente.
[e o fiel
a lamentar
inconformado,
tem o direito
de ficar
calado.]
Thuan B. Carvalho
Vou dormir feliz por sua causa, me colocou um sorriso no rosto :)
ResponderExcluirOlá Thuan, muito irreverente, gostei mesmo!
ResponderExcluirBeijinhos de Luz!
Ana Maria
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEsse cantarolar, tão pessoal, é amar das palavras que possuem toda uma infinitude consigo; cantos pelos quais passamos inexatos, inconstantes e, por fim, em paz. Amores e calmarias são complementares das consequências, provenientes desses perscrutares que executamos, em silêncio, quando a compreensão chega pela porta de casa. Senti-me num templo de brisas, com um sol quase que cristalino e cintilante, tocando em minha pele, ao lê-lo. Que felicidade poder estar em paz, em um cubículo de canto - e conto! -, e poder berrar sem ser ouvido; poder dizer estando apenas consigo. Claridades que são luzes puras de sofredor, lutador de vida e ser humano, daquelas que emanam vibrações ao mundo, e energizam até a solitude do monge que necessita meditar.
ResponderExcluirGostei demasiadamente do apaziguamento final e, principalmente, ao decorrer do texto, dos inúmeros toques carnais e espirituais.
Quanta leveza!
Segui, Thuan!
Abraços.
:)
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